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Oh no! Books!

Livros, fotografia e viagens. (na verdade, é quase só livros)

Oh no! Books!

Livros, fotografia e viagens. (na verdade, é quase só livros)

Opinião: O Imenso Adeus — Raymond Chandler

Acho que nunca fui fã de policiais. Não que não gostasse, mas nunca me deu para me debruçar sobre eles. Li uns quantos da Agatha Christie (aliás, até foi ela que, finalmente, me ensinou a ouvir audiobooks), mas nunca dei grande atenção ao tema. Sempre pensei “gosto de Agatha Christie”, mas, não sei como, isso nunca escalou para “gosto de policiais” (e, ainda agora, não sei se escalou).

Depois conheci a Coleção Vampiro da Livros do Brasil, não consegui tirar os olhos das capas e este foi o livro que me estreou nesta coleção (falei mais sobre a coleção aqui).

Hoje, venho-vos falar do livro “O Imenso Adeus” do Raymond Chandler.

Raymond Chandler_O Imenso Adeus_Colecao Vampiro.jp

Olhem-me para esta capa!

Primeiro que tudo, gosto de ler livros que têm sempre a mesma personagem principal. Chamem-me o que quiserem, mas a verdade é que eu gosto de conhecer as personagens, tornar-me amiga delas e saber o que andam a fazer desta vez. É como rever um velho amigo.

É fácil gostar de Philip Marlowe, o detetive criado pelo Raymond Chandler.

Marlowe é um tipo às direitas, se é que me entendem. É justo, não se vende nunca e aceita as consequências dos seus actos. Tem também uma certa descrença na vida, mas vai andando, praticando a bondade. Também é uma personagem de um livro escrito em 1953 e, como seria de esperar, há certas passagens sobre personagens femininas que não perdoaria a um escritor dos nossos tempos. No entanto, tendo em conta a época e o tema (detectives = homens fortes e robustos com paixonetas por mulheres belas), dei um desconto e passei à frente.

Até à vista, amigo. Não lhe direi adeus. Disse-lhe quando tinha algum significado. Quando era triste, desolado e final.

Ao contrário do que esperava, não me deparei com um policial tradicional, a típica história de detetives, cheia de mistérios, pistas e perseguições. Marlowe pareceu-me mais um homem de meia-idade, atormentado e que deixava apenas a vida passar. Também as outras personagens eram mais profundas e mergulhámos mais nas suas vidas do que, por exemplo, num livro de Agatha Christie. 

Se recomendo? Recomendo muito, só tenho é receio que este livro tenha aumentando demasiado as expectativas para os seguintes.

Nota: 4/5

Podem comprar esta coleção no site da Wook (podem ir à Livros do Brasil, mas na finalização da compra são encaminhados para o site da Wook). Se comprarem no site da Wook, podem usar o meu link de afiliado - para quem compra é igual e eu ganho crédito para comprar novos livros 

  Podem ler mais opiniões sobre livros aqui.

Os novos livros cá de casa #4

Ora bem, a última publicação na rubrica “Os novos livros cá de casa” já foi em Setembro de 2019! 

Como devem calcular, neste tempo comprei muitos livros que não partilhei. Mas vamos focarmo-nos nestes belos livros que trago hoje para partilhar convosco.

Coleção Vampiro, Raymond Chandler_Rex Stout.jpeg

Trata-se da fantástica Coleção Vampiro, da Livros do Brasil, que tem as capas mais bonitas que já vi. Nem sou a maior fã de policiais, mas esta coleção está a chamar-me e acho mesmo que a vou fazer.

Mas o que é esta coleção Vampiro? 

(🧛‍♂️ Não, não é sobre vampiros).  A Coleção Vampiro foi uma coleção de literatura policial lançada em 1947, pela Livros do Brasil, que foi publicada até 2008 e teve mais de 700 números! Podem espreitar aqui todos os números e capas.

Esta que vos mostro aqui é a nova série, que começou em 2016 e que já conta com 36 números (à data deste artigo). Podem ver tudo sobre ela no site da Livros do Brasil.

Podia ficar aqui horas a falar desta coleção, mas o Público tem um excelente artigo que vos guia pela história desta interessante coleção 1000 vezes melhor do que eu alguma vez conseguiria.

Conheciam esta coleção? Leram a original?

Podem ver os outros posts desta rubrica aqui e tudo sobre livros aqui.